Vogue Brasil junta, as principais vozes da cena musical LGBTQ

Linn da Quebrada, Liniker e Gloria Groove
Liniker, Linn da Quebrada, Pabllo Vittar, Gloria Groove, Véronica Valentino, Ivana Wonder, Lia Clark, Candy Mel, Raquel Virgínia e Assucena Assucena, de As Bahias e a cozinha mineira, são os nomes mais quentes da cena musical e das redes sociais.
 
Com styling de Dudu Bertholini, elas posaram para a Vogue vestindo Gucci. A grife de luxo é a primeira do segmento a tornar-se membro da Parks – Liberi e Uguali, organização italiana sem fins lucrativos que apoia as empresas parceiras no desenvolvimento de estratégias e práticas para respeitar a diversidade, com foco na orientação sexual e na identidade de gênero. O ensaio teve clima de encontro de amigas, com muitas piadas e gargalhadas.
 
“Não falo apenas sobre gênero e sexualidade, eu grito sobre a nossa vida”, pontua Linn da Quebrada, 27 anos, da Zona Leste de São Paulo. Pabllo Viitar, 22 anos, hoje no Instagram com mais de dois milhões de seguidores, cruzou fronteiras pop com a sua voz aguda. Em 2016, tornou-se vocalista da banda do programa Amor & Sexo. Em 2017, “Todo Dia”, dueto com o queer rapper Rico Dalasam, que entona o refrão chiclete “não espero o Carnaval chegar pra ser vadia, sou todo dia”, foi à música mais executada do Carnaval deste ano. “Sofri muito preconceito, mas conquistei meu espaço”, comemora Pabblo.
 
Comum a todas, a música boa. Caso da MPB-protesto que faz o grupo As Bahias e a Cozinha Mineira para identificar as formas de expressão das mulheres, principalmente mulheres negras, pobres, indígenas e transexuais. “Sobre tudo, mulheres invisibilizadas”, diz Raquel Virgínia, 28 anos, uma das vocalistas trans do grupo, ao lado de Assucena Assucena, 28, e Rafael Acerbi. A banda nasceu nos corredores da USP, em 2011, onde as duas cursaram história. “A faculdade é um caldeirão político onde se organizam muitos movimentos sociais (…). Mas foi ao descobrir Gal Costa que nos entendemos como músicos”, relembra Raquel. “Fomos muito profundo nesse universo Gal, mas já flertávamos com a MPB e suas essências estéticas e poéticas”, analisam. O resultado? MPB pós-Tropicália.
 
Liniker, 23 anos, é outra artista que luta pela igualdade de gênero, ela vem de uma família de músicos e, em setembro, lança o primeiro e aguardado álbum, Remonta. ”O Liniker ou a Liniker tem um gênero fluido, mas também pode ser só Liniker. Acho que sou não binário (pessoa que não se identifica nem como gênero masculino nem com o feminino), mas tenho me sentido muito mais à vontade de me chamar no feminino”, fala em seu episódio do programa Liberdade de Gênero, do GNT. 
Verónica Valentino
Plablo Vittar
Linn da Quebrada, Liniker e Gloria Groove
Linn da Quebrada
Liniker
Lia Clark
Ivana Wonder
Gloria Groove
Candy Mel
As Bahias e a Cozinha Mineira
 
A Vogue Brasil de agosto já está nas bancas no dia 28 de julho.

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