Viajar ao espaço foi sempre o sonho da maioria dos seres humanos. A chegada do homem à Lua a bordo da nave “Apolo XI”, em 20 de julho de 1969, significou um marco antes e um depois para a história da humanidade.
Desde então, viajar ao espaço se transformou em algo ao alcance de uns poucos privilegiados.
Quarenta e um anos depois, a empresa Virgin Galactic, propriedade do magnata Richard Branson, tornou possível que este tipo de experiências se transformem em algo mais próximo ao resto da população.
Segundo anunciado na página da internet da empresa “você pode se unir a mais de 340 astronautas Virgin Galactic que vão se aventurar no espaço”.
Esta empresa será a primeira do mundo a oferecer a seus clientes viagens espaciais comerciais. Além disso, tal é a ambição do projeto, que esperam dentro de poucos anos construir um teleférico espacial onde os tripulantes de futuras viagens à Lua poderão se alojar.
Segundo a Virgin Galactic, o preço único da viagem é de US$ 200 mil. Nesse preço se inclui: o voo espacial, alojamento durante três dias no SpacePort (aeroporto espacial) em regime de pensão completa, e um treino teórico-prático durante essa jornada para preparar os passageiros.
A viagem até o aeroporto espacial corre por conta do turista espacial.
Hoje em dia, e segundo dados da Virgin Galactic, 340 pessoas no mundo todo já compraram sua “passagem para o espaço”.
Segundo afirma a empresa, ela não descarta construir mais aeroportos espaciais no resto do mundo para favorecer este tipo de viagens. De fato já está em projeto outro SpacePort na Suécia para utilizá-lo em determinadas épocas do ano e poder ver a aurora boreal.
Deste modo, graças a esta empresa pioneira no mundo, viajar ao espaço se transforma, a partir de agora, em uma realidade para aquelas pessoas que queiram e possam se permitir.
Nesse momento a nave já está fora da atmosfera terrestre. Por isso, se desligam os motores para que, durante alguns minutos, os tripulantes possam observar a vista do planeta Terra, flutuando e desfrutando da falta de gravidade do espaço.
Após esses minutos de experiência, os tripulantes voltam a seus assentos para começar a reentrada na atmosfera terrestre e chegar planando ao Space Port.
Tal momento é o mais perigoso e difícil de todos. Por isso, para que a viagem seja o mais segura possível, Burt Rutan, encarregado de projetar e construir as naves, preparou “um sistema à prova de erros baseado na simplicidade”.
Uma vez fora da atmosfera, a estrutura das asas da nave espacial pode girar cerca de 65 graus. Esta configuração permite um controle automático da posição com a fuselagem em paralelo com o horizonte e cria um atrito muito elevado quando a nave desce através das regiões superiores da atmosfera.
A Virgin Galactic afirma que quanto mais complexo for um modelo mais possibilidades há de fracassos, portanto, “a redução do risco foi o elemento do modelo mais importante nos novos veículos”.
Tanto a SpaceShip Two como a Virgin MotherShip Eve são fabricadas 100% em fibra de carbono. Um material ecológico, leve e muito resistente à força da gravidade e ao calor para que a reentrada à atmosfera terrestre seja o mais segura possível.
Segundo a companhia, os assentos foram projetados para proporcionar o máximo conforto aos tripulantes e diminuir, na medida do possível, a força da gravidade, que pode chegar inclusive aos 6G (no espaço não há gravidade portanto seria 0G e na terra qualquer corpo ao nível do mar no equador tem uma força de 1G).
Como esclarecimento, a força G que pode ser experimentada em uma montanha-russa veloz rondaria os 4G, ou a força à qual os airbags são acionados é em torno dos 3G.
A viagem ao espaço se realiza com duas naves. Os tripulantes que começarem sua aventura espacial irão sentados na SpaceShip Two (SS2), a nave que realizará o percurso suborbital.
Esta, por sua vez, irá acoplada à Virgin MotherShip Eve (VMS Eve), cujo nome é uma homenagem à mãe de Richard Branson, Eve Branson, desde o SpacePort.
Quarenta e cinco minutos depois, a uma altura de 50.000 pés (15 km), a SpaceShip Two se desacopla da MotherShip e, após alguns segundos de queda, acontece a ignição do motor.
Segundo dados proporcionados por uma das agências de viagem, “a nave é impulsionada a 4.000 quilômetros por hora e em 90 segundos alcança 110 quilômetros de altura. A atmosfera azulada se funde no negro infinito do espaço”.