Nesta quinta-feira (7/7), começa um dos mais importantes festivais de cinema do calendário nacional, o Festival Paulínia de Cinema. Um bebê se comparado a eventos como o Festival de Brasília (na 44ª edição) e de Gramado (cuja 39ª edição é realizada em agosto deste ano), o festival no interior de São Paulo comemora a quarta edição. Graças ao pesado investimento do governo municipal em cinema – não somente no festival, mas também em produção de longas e curtas-metragens na cidade -, o Festival Paulínia de Cinema ganha a cada ano mais destaque junto à comunidade cinematográfica. Claro que o valor distribuído em prêmios também atrai produções inscritas na competição. Este ano, o Paulínia Festival de Cinema distribuirá R$ 800 mil em 26 categorias. O valor do prêmio de Melhor Filme de ficção, que no ano passado era R$ 150 mil, passou para R$ 250 mil. O Melhor Documentário passa a receber R$ 100 mil, em vez de R$ 50 mil. Desta forma, entre os dias 7 e 14 de julho, a cidade no interior do Estado de São Paulo exibirá em primeira mão aguardadas e inéditas produções do cinema nacional, as quais você conhece a seguir.
‘Corações Sujos’ (trailer acima), de Vicente Amorim, foi o filme escolhido para a abertura do Festival Paulínia de Cinema, em exibição somente para convidados – diferentemente das outras sessões, abertas ao público. O filme é adaptação do livro de Fernando Morais sobre um grupo de imigrantes japoneses que viviam no interior de São Paulo após a Segunda Guerra Mundial. Incapazes de acreditar na rendição do império japonês após o conflito bélico, passam a cometer crimes contra os patrícios que acreditavam nas notícias que se espalhavam. A história é contada a partir do ponto de vista de Miyuki, imigrante que vê seu marido, Takahashi, sendo transformado num assassino. Assista ao novo trailer.
‘O Cão’, de Emiliano Cunha e Abel Roland, e ‘Polaroid Circus’, de Marcos Mello e Jacques Dequeker, são os curtas-metragens exibidos no primeiro dia de competição do Festival Paulínia de Cinema. O documentário do dia é ‘Uma Longa Viagem’, dirigido por Lúcia Murat. ‘O Palhaço’ (trailer acima), filmado em Paulínia com recursos do governo local, é o segundo longa-metragem dirigido por Selton Mello. O ator também atua no longa, ao lado de Paulo José. Sua primeira exibição em público encerra as atividades na sexta-feira (8/7), desta vez com entrada aberta ao público, como nos outros dias do evento.
O documentário ‘Rock Brasília – Era de Ouro’ (trailer acima), de Vladimir Carvalho , traz imagens de arquivos gravadas pelo próprio diretor desde o fim dos anos 1970; o filme encerra uma trilogia sobre a construção cultural e ideológica da capital federal. O filme foca as bandas de Brasília – como Legião Urbana, Capital Inicial, Plebe Rude -, que fizeram a trajetória clássica do herói: vencer empecilhos e ir atrás de um grande desafio. Também em competição, serão exibidos no sábado (9/7) os curtas-metragens ‘A Grande Viagem’, de Caroline Fioratti, e ‘Tela’, de Carlos Nader . O longa-metragem da noite é ‘Meu País’, de André Ristum. Esta é a primeira exibição do drama protagonizado por Rodrigo Santoro, Cauã Reymond e Débora Falabella.
A programação de domingo (10/7) é marcada pela estreia de ‘Onde Está a Felicidade?’ (trailer acima), comédia dirigida por Carlos Alberto Riccelli, com roteiro de Bruna Lombardi, também protagonista do longa. Ela é a chef Teodora. Por conta de crises no amor e na vida profissional, ela resolve percorrer o Caminho de Santiago de Compostela, ao lado de dois amigos. O cenário torna-se ideal para encontros, reencontros e aventuras. Os curtas-metragens ‘Café Turco’, de Thiago Luciano, e ‘Trocam-se Bolinhos por Histórias de Vida’, de Denise Marchi, antecedem a exibição.
O documentário ‘A Cidade Imã’, de Ronaldo German, será exibido no domingo (10/7). Filme revela quem são quatro músicos estrangeiros de diferentes origens e gêneros musicais que, após visitarem a cidade do Rio de Janeiro, acabaram se apaixonando pela cidade e por suas características culturais, escolhendo morar nela.
‘Ibitipoca, Droba pra Lá’ (trailer acima), de Felipe Scaldini, é o documentário da programação do Festival Paulínia de Cinema da segunda-feira (11/7). Retrato do momento de transição de um cotidiano que há tempos vem se modificado. Uma repentina transformação de cenário impactou a vida dos moradores das pequenas comunidades no entorno da Serra do Ibitipoca. O curta-metragem regional ‘Argentino’, de Diego da Costa, ‘Off Making’, de Beto Schultz , e ‘Qual Queijo você quer?’, de Cíntia Domit Bittar,
antecedem a exibição.
‘Os 3’ (trailer acima), de Nando Olival (que co-dirigiu ‘Domésticas, O Filme’ com Fernando Meirelles), é o longa de ficção em competição exibido na noite de segunda-feira (11/7). Três jovens chegam de diferentes pontos do país para cursar faculdade em São Paulo. Desde o primeiro dia, uma estranha e intensa atração os une. Alugam apartamento juntos e passam a viver colados. Tornam-se tão inseparáveis que passam a ser conhecidos como ‘Os 3’. Mas o curso chega ao fim e eles terão que seguir caminhos diferentes.
Maíra Bühler e Matias Mariani, diretores do premiado documentário ‘Elevado 3.5’, apresentam seu novo longa-metragem do gênero, ‘Ela Sonhou Que Eu Morri’ (trailer acima), na sexta noite do Festival Paulínia de Cinema, na terça-feira (12/7).O filme acompanha histórias contadas por estrangeiros que vivem no Brasil. Também serão exibidos os curtas-metragens ‘Adeus’, de Alessandro Barros, ‘Uma Primavera’, de Gabriela Amaral Almeida, e ‘O Pai Daquele Menino’, de Raul Arthuso.
‘Trabalhar Cansa’ é o primeiro longa-metragem de Juliana Rojas e Marco Dutra, já premiados diretores de curtas-metragens. Esta é a primeira exibição do longa no Brasil, que estreou dentro do programa ‘Um Certo Olhar’ do Festival de Cannes deste ano.
O documentário ‘À Margem do Xingu – Vozes não Consideradas’ (trailer acima), de Damià Puig , encerra a competição do gênero na quarta-feira (13/7). O filme acompanha uma viagem pelo rio Xingu, no qual a produção encontra inúmeras pessoas que serão atingidas pela possível construção da hidrelétrica de Belo Monte. Relatos de ribeirinhos, indígenas, agricultores, habitantes da região de Altamira na Amazônia, assim como especialistas da área compõem parte deste complexo quebra-cabeça. Os curtas-metragens ‘3×4’, de Caue Nunes, ‘Acabou-se’, de Patrícia Baía, e ‘Cavalo’, de Joana Mariani, também serão exibidos na última noite de competição no Festival de Paulínia.
O último trabalho em competição exibido em Paulínia será ‘Febre do Rato’, do polêmico Cláudio Assis. Expressão popular típica do nordeste brasileiro, ‘febre do rato’ significa aquele que está fora de controle. É assim que Zizo, poeta inconformado e anarquista, denomina seu tabloide, publicado às próprias custas.
Acompanhando a cerimônia de premiação na quinta-feira (14/7), ocorre a primeira exibição do aguardado ‘Assalto ao Banco Central’, de Marcos Paulo. O filme, de ficção, é inspirado no roubo do Banco Central em Fortaleza ocorrido em agosto de 2005, no qual foram roubados R$ 164,7 milhões. em dar um único tiro nem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando três toneladas de dinheiro. Foram mais de três meses de operação e milhares de reais foram gastos no planejamento.
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