
Fotos: Selma Cruz Fotografias
Entrevista: Gabriela Queiroz Pires
Transcrição: Laura Silva
Dr. Juliano Saraceni Spegiorin é médico, especialista em otorrinolaringologia com foco na cirurgia neonasal, plástica facial, mais direcionada a rinoplastia. Casado com Ana Carolina Resende e tem dois filhos: Lucas e Luiz Eduardo, 21 e 14 anos.
#BDGEntrevista: Vamos falar um pouco sobre sua vida profissional agora Juliano, como você começou? Como surgiu a sua vontade de atuar na medicina e por que você escolheu a otorrinolaringologia.
Eu vivenciei o hospital desde pequeno, meu pai é médico também e um dos fundadores do hospital. Desde pequeno eu vinha com ele aqui e sempre, acho que a a partir dos 10/11 anos eu ja tinha vonta de fazer medicina. Saí pra estudar fora cedo, fui para Ribeirão Preto fazer o 1º colegial e terminei o 3º colegial lá e aí já entrei na faculdade de medicina, já tinha isso planejado desde pequeno mesmo. Sou formando na UFU (Universidade Federal de Uberlândia), assim que terminei o colegial entrei direto, com 17 e formei com 23. Pensava em fazer ortopedia, meu pai é ortopedista mas no decorrer do curso você acaba mudando, tendo outras opções de pareas que você gosta e eu estava sendo influenciado por um colega meu, o Ismael Dias, que tinha morado comigo e tinha feito otorrino e entrou junto comigo na residência. Guiado talvez por ele, eu me motivei a isso: no último ano de medicina, já mais para o finalzinho resolvi prestar residência de otorrino. O interessante é que tinha apenas duas vagas, e só da nossa turma tinham 5 prestando e é uma residência concorrida e acabou passando nós dois. Eu acabei começando a acompanhar a otorrinolaringologia de lá com os trabalhos científicos, as reuniões científicas que aconteciam uma vez por semana, comecei a frequentar ambulatório e antes de passar na residência pedi ao professor um trabalho cientifico para eu desenvolver e ver se publicava alguma coisa, algum artigo sobre uma determinada coisa que eu escolhesse, então ele confiou à mim um trabalho, um material que ele tinha desenvolvido e isso talvez tenha me ajudado a passar na residência. Esse trabalho, eu nem era residente ainda mas ele concorreu entre os 10 melhores trabalhos do Congresso Brasileiro, ele foi publicado inclusive. Engressei na residência de otorrino, fiz 3 anos de oficial e no 4º ano ainda ia lá operar com os residentes. Às terças a noite a gente fazia cirurgia de plástica facial e na quarta a noite a gente fazia as cirurgias de cabeça e pescoço, fiquei um bom tempo lá, saía bem cedo daqui e ficava operando com os residentes lá até meia noite. Depois disso foi ficando dificil, o movimento no meu consultório já não dava mais, aí acabou.

#BDGEntrevista: Você atua como otorrino desde quando?
Desde 2001.
#BDGEntrevista: Obvimente você gosta muito do que faz, você pensa em fazer outra especialização?
Não. Na verdade, na residência de otorrino você acaba tendo um leque muito grande, você tem: cabela e pescoço, tem otologia, tem laringologia. Claro que em cidades maiores você acaba tendo vontade de fazer só uma coisa, por exemplo fazer só laringe, só otologia…mas no interior a ggente acaba tendo que atender tudo, porém tem algumas coisas que foco mais, eu foco mais a parte de cirurgia neonasal, plástica facial, mais rinoplastia. Rinosplastia é que a gente acaba fazendo muito curso, é a área que eu tenho investido mais no ponto de vista de curso nos últimos anos. Rinoplastia é a área de cirurgia plástica, mas o otorrino há muitos anos nos EUA já faz a cirurgia plástica, aqui no Brasil também jpa começou a ser muito dividido entre o otorrino e o cirurgião plástico, então tenho desenvolvido muito o aperfeiçoamento. No interior é difícil você falar ‘’vou mexer só com isso’’, até que daria mas eu também não quero, gosto do contato pessoal de atender o cliente no dia a dia, um caso mais simples e gosto de fazer cirurgias de uma forma geral. Tenho algumas preferências como a rinologia mas eu opero tudo praticamente. A rinologia que envolve a rinoplastia são cirurgias estéticas mas muitas vezes são funcionais, as vezes o paciente precisa fazer uma rinoplastia funcional e acaba optando por fazer uma estética também.

#BDGEntrevista: Juliano, além de atuar como otorrino o que você gosta de fazer na sua vida pessoal? Qual seu hobbie?
Vinho creio que seja minha paixão, para momentos com amigos, para relaxar, então une essa questão e e gosto muito de receber meu amigos em casa, gosto muito de ir pra casa deles. Temos uma vida social muito intensa nesse sentido, tanto de receber em casa como restaurantes, viagens…viajo muito com minha esposa e filhos. Gosto também de praticar esportes: faço Kickboxing três vezes por semana e jogo futebol uma vez por semana, então pelo menos 4 vezes por semana faço exercicio fisico intenso pra ajudar a manter a forma física.
#BDGEntrevista: Juliano, com sinceridade: qual é uma qualidade e um defeito seu?
De qualidade talvez seja minha relação com os amigos, eu acho que tenho uma relação intensa com os amigos, das pessoas que são próximas a mim, eu gosto de conviver e ter intimidade, estar perto de pessoas que gosto.
Defeito, bom..meus amigos dizem que sou super tranquilo, mas em casa talvez a gente extrapole um pouco mais as energias negativas então minha esposa e folho falam que às vezes sou um pouco nervoso, ansioso.
#BDGEntrevista: O que você mais admira em uma pessoa?
Sinceridade. Quando você convive com uma pessoa sincera aquela amizade já fica aberta e que vocêjá passa a confiar. Eu tenho um lema comigo que eu sou meio diferente dos mineiros de uma forma geral: eu prefiro confiar na pessoa até que ela me prove ao contrário, isso não quer dizer que eu vou ter proximidade, mas prefiro confiar até que me prove ao contrário.
#BDGEntrevista: O que mais você repugna em uma pessoa?
Acredito que desonestidade e não gosto muito de pessoas que aparecer, que gostam de ser tornar o centro das atenções, que tudo tem que ser voltado a elas.

#BDGEntrevista: Pra finalizarmos, gostaria que você fizesse uma avaliação da sociedade como um todo. O que acha que precisa ser mudado?
Sem dúvida alguma o principal problema que temos é a educação, você só corrige uma nação com uma educação de qualidade. É uma coisa que a gente vê em todos os governos é uma falta de preocupação com a educação básica, com o ensino fundamental, prosseguindo pelo ensino médio e até chegar no superior. O que vemos principalmente nos ultimos governos é um descaso e não querer educá-los justamente não ter quem um dia começar a contestá-lo, então esse é o grande problema. Quando começarmos pela educação de qualidade você vai começar a formar pessoas mesmo, com a educação de uma forma geral bem feita você vai começar a ver principios e valores nas pessoas. Uma pessoa que passa por educação e valores a chance de acontecer o que a gente vem passando, os governos corruptos, um governo corrupto ele acaba orientando uma sociedade corrupta, o brasileiro ainda tem na cabeça de que se ele puder ter uma pequena vantagem nem que aquilo venha trazer um problema futuro ele, na hora ele ainda prefere…ele é imediatista, não está preocupado com o futuro. É interessante às vezes a gente vê a pessoa contando vantagem de algo errado que fez, isso é uma questão cultural e infelizmente estamos ainda muito atrasados nesse sentido de valores, de saber viver em sociedade, o brasileiro ainda é egocêntrico, é egoísta. Você tem que ter seu compromisso como cidadão, com o trabalho, com sua atitudes.
#BDGEntrevista – Dr. Juliano Saraceni Spegiorin – Otorrinolaringologista – Hospital Vera Cruz
O doutor Juliano concedeu uma entrevista ao nosso blog na qual ele fala sobre sua formação, carreira, vida pessoal. Veja como foi o bate-papo.
Juliano começa nos contando como se interessou pela medicina: ‘’Eu vivenciei o hospital desde pequeno, meu pai é médico e também um dos fundadores do hospital. Desde pequeno eu vinha com ele aqui, e quando tinha uns 10 ou 11 anos eu já tinha vontade de fazer medicina.’’ Complementa ainda, que saiu pra fora para estudar ainda cedo, onde fez do 1º ao 3º colegial na cidade de Ribeirão Preto, e logo após, aos 17 anos, já ingressou na faculdade de Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) formando com apenas 23.
A partir daí Juliano nos conta como se interessou e progrediu como otorrino, que atua desde 2001: ‘’Pensava em fazer ortopedia assim como meu pai, mas no decorrer do curso você acaba mudando, tendo outras opções de áreas, acabei talvez sendo influenciado por um colega meu, o Ismael Dias, morávamos e entramos na residência juntos.’’ Juliano menciona ainda como era concorrido a residência: ‘’No último ano de medicina, já mais para o finalzinho resolvi prestar residência de otorrino, e o interessante é que tinha apenas duas vagas, e só da nossa turma tinham 5 prestando, e acabou passando nós dois.’’
O doutor ainda menciona alguns pontos altos de sua carreira, nos conta um pouco mais da sua área, que se abrange em diversos pontos:
‘’Acabei começando a acompanhar a otorrinolaringologia com os trabalhos científicos, as reuniões científicas que aconteciam uma vez por semana, comecei a frequentar ambulatório e antes de passar na residência, pedi ao professor um trabalho cientifico para eu desenvolver e ver se publicava algo, algum artigo sobre uma determinada coisa que eu escolhesse, então ele confiou à mim um trabalho, um material que ele tinha desenvolvido e isso talvez tenha me ajudado a passar na residência. Esse trabalho, eu nem era residente ainda, mas ele concorreu entre os 10 melhores trabalhos do Congresso Brasileiro, inclusive foi publicado. Juliano diz que não pensa em fazer outra especialização, porém reforça: ‘’Na verdade, na residência de otorrino você acaba tendo um leque muito grande, como otologia e laringologia.’’ Sua especialidade é rinosplastica, na qual mais investiu em estudo, cursos e pesquisas: Rinoplastia é a área de cirurgia plástica, mas o otorrino há muitos anos nos EUA já faz a cirurgia plástica, aqui no Brasil também jpa começou a ser muito dividido entre o otorrino e o cirurgião plástico, então tenho desenvolvido muito o aperfeiçoamento. No interior é difícil você falar ‘’vou mexer só com isso’’, até que daria mas eu também não quero, gosto do contato pessoal de atender o cliente no dia a dia, um caso mais simples e gosto de fazer cirurgias de uma forma geral.’’
Juliano também nos conta um pouco sobre sua vida fora do consultório. É casado com Ana Carolina Resende e pai de dois filhos: Lucas e Luiz Eduardo, 21 e 14 anos respecitivamente. Falamos primeiro sobre seus hobbies, em que ele cita sua paixão por vinhos e esportes: ‘’Vinho creio que seja minha paixão, para momentos com amigos, para relaxar, então une essa questão, gosto muito de receber meu amigos em casa, gosto muito de ir para casa deles. Temos uma vida social muito intensa nesse sentido, tanto de receber em casa como encontrar em restaurantes, viagens…viajo muito com minha esposa e filhos. Gosto também de praticar esportes: faço Kickboxing três vezes por semana e jogo futebol uma vez por semana, então pelo menos 4 vezes por semana faço exercicio fisico intenso pra ajudar a manter a forma física.’’ Sobre sua relação com amigos e família, ele nos conta algumas curiosidades sobre ele, e o que mais preza nas pessoas que ele escolhe pra estarem à sua volta:
‘’Minha maior qualidade talvez seja minha relação com os amigos, eu acho que tenho uma relação intensa com os amigos, das pessoas que são próximas a mim, eu gosto de conviver e ter intimidade, estar perto de pessoas que gosto. Sobre defeito, apesar dos meus amigos dizerem que sou super tranquilo, às vezes em casa talvez a gente extrapole um pouco mais as energias negativas, então minha esposa e filhos falam que às vezes sou um pouco nervoso, ansioso.’’ Frisa ainda que o que mais preza e admira nas pessoas é a sinceridade, e o que mais o incomoda é desonestidade: ‘’Quando você convive com uma pessoa sincera aquela amizade já fica aberta e que você já passa a confiar. Eu tenho um lema comigo que eu sou meio diferente dos mineiros de uma forma geral: eu prefiro confiar na pessoa até que ela me prove ao contrário. O que mais você repugna em uma pessoa é a desonestidade.
Para finalizarmos conversamos sobre o que Juliano acha sobre a sociedade, sobre o difícil momento que o Brasil está vivendo e na sua opinião o que precisa ser mudado: ‘’Sem dúvida alguma o principal problema que temos é a educação, você só corrige uma nação com uma educação de qualidade. É uma coisa que a gente vê em todos os governos é uma falta de preocupação com a educação básica, com o ensino fundamental, prosseguindo pelo ensino médio e até chegar no superior. Quando começarmos pela educação de qualidade você vai começar a formar pessoas, e vai começar a ver principios e valores nelas.’’ Juliano ainda lamenta, a cultura de muitos brasileiros: ‘’É interessante às vezes a gente vê uma pessoa contando vantagem de algo errado que fez, isso é uma questão cultural e infelizmente estamos ainda muito atrasados nesse sentido de valores, de saber viver em sociedade, o brasileiro ainda é egocêntrico, é egoísta. Você tem que ter seu compromisso como cidadão, com o trabalho, com sua atitudes.’’
