Bahamas

Por: Viaje Mais/Paulo Basso Jr.
Bahamas é uma espécie de palavra mágica, que desperta na cabeça de qualquer viajante a imagem de um lugar idílico, com praias de areia branquinha banhadas por águas em vários tons de azul. Para os brasileiros, particularmente, o arquipélago formado por 700 ilhas e outras cerca de 2,5 mil ilhotas que se esparram entre o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe, a sudeste da Flórida (Estados Unidos), ganha mais um conceito: o de ser um lugar caro, voltado para poucos e endinheirados sortudos.
De fato, hospedar-se por uma semana em um dos muitos resorts erguidos principalmente na dupla de ilhas que concentra quase todo o turismo local – New Providence, onde fica a capital, Nassau, e Paradise Island – não é barato para quem vive no Brasil. Os preços cobrados pelas operadoras de turismo giram em torno de US$ 5 mil por pessoa, quase o dobro do valor cobrado por pacotes semelhantes que têm outras figurinhas carimbadas do Caribe, a exemplo de Cancún e Aruba, como destino. Isso ocorre porque o arquipélago importa dos Estados Unidos quase tudo o que precisa para se sustentar, incluindo água, comida e energia, com impostos pesadíssimos.
Para piorar, não há voo direto entre o Brasil e as Bahamas e o melhor jeito de chegar lá é via Miami, o que além de aumentar o tempo de viagem, ainda exige que os turistas verde-amarelos tenham visto norte-americano.
Mas tudo isso vira detalhe quando se tem em mente fazer uma viagem especial, como uma lua de mel, já que a “realidade” é ainda melhor do que a imagem mágica despertada pela palavra Bahamas. É sério. Cancún, Aruba e outros lugares do Caribe têm praias lindas, mas não são como as bahamenses. Por abrigar a terceira maior barreira de recifes do mundo, atrás apenas da de Austrália e Belize, as águas das Bahamas são “manchadas” por dezenas de tons de azul: claro, escuro, turquesa, anil, esverdeado e por aí vai, resultando num efeito visual único.
Cristalinas a ponto de confundir os olhos – é difícil saber onde está exatamente o fundo do mar –, servem de habitat para centenas de espécies de peixes e, claro, atraem mergulhadores do mundo inteiro, profissionais ou não. E tudo isso está à disposição de qualquer turista, já que todas as praias do país são públicas: uma corretíssima lei local não permite que os resorts limitem as melhores faixas de areia apenas aos seus hóspedes.
Outra característica intimamente ligada à imagem comum que se tem da ilha-país é o espírito de dolce far niente que paira tanto em Nassau como em Paradise Island. Tudo porque enquanto em outros lugares do Caribe é comum abusar da variedade de passeios e trilhas oferecidos por inúmeras empresas de turismo, nas Bahamas há poucos tours a fazer. C
om isso, sobra tempo para se decidir entre a piscina e a praia, além da dura tarefa de ficar de pernas para o ar e pedir para alguém trazer uma bebida gelada. De preferência um Bahama mama, drinque típico da região à base de rum, coco, xarope de romã, suco de laranja e de abacaxi.

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