Amazônia: p Rota 174

Viaje Mais/ André Pessoa 

Visto do alto, a bordo de um helicóptero, o lugar parece saído de um filme sobre a pré-história. As nuvens escondem segredos que o sol vai desbravando aos poucos, conforme o dia amanhece. O tempo parece ter parado no alto dessas montanhas de forma primitivas. Incríveis paredões dourados abrigam grandes áreas planas com estranhas formas esculpidas pelo tempo. Essa é a tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana, numa das maiores referencias geográficas da América do Sul: o Monte Roraima.
Considerado um dos lugares mais antigos e intocados do planeta, a 2.875 metros acima do nível do mar, o Monte Roraima tem atraído ao longo dos anos um grande número de turistas e pesquisadores.
No entanto, o lugar, além de batizar um dos Estados mais interessantes e desconhecidos do Brasil, é apenas uma das grandes atrações que formam a Rota 174, um novo roteiro turístico de quase mil quilômetros que corta uma das áreas mais selvagens da Floresta Amazônica.

Floresta Amazônica

A rota, que simbolicamente leva o número da rodovia federal BR-174 (parte dela ainda sem pavimentação), começa em Manaus (AM) e se estende até o município de Pacaraima (RR), já na fronteira com a Venezuela, atravessando grandes áreas de floresta e uma parte significativa de atrativos amazônicos. No trajeto passa-se também pelo município de Presidente Figueiredo (AM), terra de cachoeiras, e, no Estado de Roraima, pela tranquila capital Boa Vista e as cidades de Caracaraí e Amajari, onde está localizada a Serra do Tepequém, marcada por várias lendas dos tempos do garimpo de diamantes.
Inusitados, os caminhos da Rota 174 — conhecida como a “Estrada Perdida” — ainda conduzem a parques nacionais, tribos indígenas, rios de águas claras, imensos buritizais (palmeira predominante em grande parte de Roraima), uma espécie de Pantanal em plena floresta e paisagens de deixar qualquer turista experimentado com água na boca. Isso sem falar no povo, uma mescla de índios, caboclos e nordestinos, outro grande patrimônio local.

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