RespirArte! Exposição 1911-2011 em Belo Horizonte‏ by Natália Persi

Amigos, que saudade!
Infelizmente as responsabilidades profissionais têm me distanciado do tempo necessário para pesquisar e lhes escrever sobre arte!
Como no último dia 12 agora comemoramos o Dia Nacional da Arte, arrumei um tempinho para deixar uma dica para vocês!
O Brasil tem dado mais valor a seus artistas e, de um tempo pra cá, tentado resgatar as obras que perdeu por infinitos motivos de seus acervos. Um exemplo claro é a negociação do nosso governo com o argentino, a pedido da própria presidente Dilma, para resgatar o quadro Abapuru de Tarsila do Amaral. Ele pertence ao Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires.
Obras de artistas como Cido Meireles e Nuno Ramos, também pouco tem de mídia e valor nacional. Na última Bienal entretanto, foram destaques ao lado de outros artistas contemporâneos, mostrando o quanto o país perde sem maiores incentivos à arte natal, que é logo arrendada por curadores e  museus europeus ou americanos que fazem fortuna sobre obras que são patrimônios nacionais!
Não é toda hora que nossos grandes artistas ficam expostos ao público em solo nacional, por isso, indico aos amigos da capital mineira ou os que estiverem de viagem marcada para BH até 25 de Setembro, a Exposição “1911-2011 Arte Brasileira e Depois”. A exposição é produzida pela Fundação Clóvis Salgado, em parceria com o Instituto Itaú Cultural e tem material inédito, composto por 178 obras produzidas nos últimos cem anos no Brasil, que ficam expostas nas galerias do Palácio das Artes e no Centro de Arte Contemporânea e Fotografia, concentrando um importante acervo da arte moderna e contemporânea produzida no País. 
De grande valia para a arte nacional, a mostra terá obras de Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti, Guignard, Cândido Portinari, Flávio de Carvalho, Cícero Dias, representando os artistas modernistas e nossos mais importantes artistas contemporâneos como Cido Meirelles, Hélio Oiticica, Leda Catunda, Nelson Leirner, Nuno Ramos e Eder Santos, dentre outros.
  Obras do módulo A Marca Humana: Autorretrato de José Pancetti, Seringueiros de Portinari, A pequena aldeã de Lasar Segall e óleo sobre madeira sem título de Vicente Rego (respectivamente)

A exposição tem como ponto de partida o início do século XX, quando um considerável numero de artistas do Brasil preparavam-se para revolucionar a cena cultural do país. Eles superaram a tutela europeia ainda bastante expressiva e deram inicio a um movimento que mais tarde seria conhecido como modernismo brasileiro.

Escultura O impossível de Maria Martins, parte do segundo módulo Irrealismos


O interessante da exposição é perceber o quão intimista é cada estilo ali presente, os artistas mesmos com a mesma filosofia, traçaram caminhos e linguagens diferentes para se expressar.
 
 Trabalho audiovisual Marca Registrada de Letícia Parente e Coletas de Brigida Baltar, no módulo Outros Modos, Outras Mídias
“É interessante perceber como, em meio a toda diversidade das artes visuais, temos sempre duas coordenadas que podem ser resumidas entre o figurativo e o abstrato. Em geral, quando se percebe um cansaço em relação a uma dessas balizas, procura-se a outra” analisa o curador da exposição Teixeira Coelho, destacando a importância da relação dos objetos usados e de seu criador.
Diante de tanta gente boa de serviço, vale a pena dar uma esticadinha no Palácio das Artes e conferir gratuitamente, tão completa exposição.
Deixo também minha opinião sobre o assunto:
Muito tem sido feito e leis têm incentivado as diversas manifestações artísticas, mas e o prestígio e as discussões? Cada pessoa deve se julgar pela última vez que prestigiou um artista ou divulgou um trabalho que tenha gostado! A arte por si só não basta, é uma manifestação onde é preciso público para admirar, gerando debate de pensamentos e evolução social!
Reflita, está fazendo sua parte?
Link “1911 – 2011 – Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú” Pelo curador Teixeira Coelho http://www.fcs.mg.gov.br/imagensDin/Arquivos/4874.pdf
Beijos Gente! Nat Persi   .


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