GRAMMY 2012 por Filipe Castro @mobacana

Adele levando 06 gramofones pra casa.

Vamos ao inicio. O Grammy é a premiação mais importante do mundo da música? Sim. Para os artistas, produtores, compositores, engenheiros musicais e outros do ramo, é a premiação mais honrosa, de ser ao menos, indicado. Isso porque os resultados vêm do consenso dos críticos musicais e profissionais da academia fonográfica, a National Academy of Recording Arts and Sciences, NARAS, ou seja, se existe um prêmio mais “correto”, é este. Ele não se importa com popularidade, muito menos indicies de paradas musicais. Se for para revoltar com algum resultado, revoltem por aqueles oriundos de premiações com caráter popular, onde os consagrados são decididos pelos votos populares, como o American Music Awards e o MTV Vídeo Music Awards.

Desde a lista de indicados, lançada dia 30 de novembro do ano passado, já era mais certo a todos que acompanham o Grammy que Adele seria a artista sensação do momento. Recordes de vendas pelo mundo a fora, Adele conciliou perfeição técnica, desde a voz, as melodias e produção do álbum, à aceitação recebida. Não é fácil produzir músicas melancólicas que se tornam hits. O álbum “21” da cantora tem seus méritos: várias músicas agitadas até as mais lentas contendo elementos que transitam do soul ao rock, sem perder uma linha de raciocínio entre as músicas, digamos assim. Pronto! Prato cheio para o seleto grupo de votantes do Grammy, que ainda cometem suas pequenas falhas, como por exemplo, dar ao grupo folk Bon Iver o prêmio de Artista Revelação, deixando de lado a notória Nicki Minaj, uma artista com maiores e mais expressivas contribuições pro cenário musical.

Sobre os vencedores, a maioria estava previsível ao se analisar um ano fraco da indústria fonográfica. Para aqueles que não conhecem músicas de todos os estilos e se “abitolam” ao comercial que o Pop produz, o Grammy não é o melhor show, uma vez que os artistas desse ramo estão concentrados em apenas 03 categorias das 78 existentes. O show televisionado mostra os resultados de apenas uma categoria de cada estilo musical mais conhecido, além dos prêmios generalistas, que englobam os melhores, misturando os estilos. Foo Fighters dominou os prêmios do rock deixando Coldplay, Radiohead e Kings of Lion de mãos vazias. Do R&B Cee LoGreen levou 2, tendo Chris Brown e Corinne Bailey como ganhadores também. No Rap, Kanye West levou tudo. No country, Taylor Swift levou melhor musica e melhor apresentação solo, mas perdeu o álbum do ano para Lady Antebellun. As outras categorias se dividem entre vários seguimentos da música como Gospel, Jazz e produções para meios visuais, dentre outros.

Sobre os shows, o Grammy a cada ano superlota seus palcos com apresentações que duram até mesmo blocos inteiros. Destaque desse ano vão para a reunião dos aclamados Beach Boys, com ajuda do Marron 5 e Foster The People, cantando “Good Vibrations”, além de Paul MacCartney fazendo uma batalha de guitarras com Bruce Springsteen e Dave Grohl. Rihanna e sua parceria com Coldplay, e o sensacional tributo a Whitney Houston feito por Jennifer Hudson, cantando o clássico “I Will Always Love You”. Ponto estranho foi o show de Nicki Minaj, que conteve vídeo com uma cantora possuída e um verdadeiro exorcismo no palco, algo conceitual até demais. Mas a apresentação mais esperada era de Adele, que não contava desde outubro de 2011, pois passou por uma cirurgia nas cordas vocais. “Rolling in the Deep” começou a capela, mostrando garra e força vocal da cantora britânica. Ok, depois de quatro minutos e meio uma ovação geral da platéia, todos de pé aplaudindo por um tempo recorde já visto na televisão. Emoções a mil.

Assim foi este Grammy, misturando o correto ao audacioso. E ao desligar a televisão restou a dúvida: Lady Gaga ficou até o final?

Animação da platéia com as vitórias de Adele.

RED CARPET

 

Diferente das apresentações do cinema e da televisão, onde o glamour é mais cobrado, ainda mais por referencias de décadas de Hollywood, o Grammy diferencia pela extravagância e ousadia, características do mundo do rock’n roll. Mesmo tendo roupas incompreensíveis como as de Nicki Minaj, Gaga e Fergie, vários artistas se destacaram usando alta moda e estilistasem voga. Fotos: Getty Imagens.

A cantora Jessie J usando um vestido de Julien Macdonald, que desenhava para a Chanel.
Alicia Keys usando um de Alexandre Vauthier, estilista francês que já trabalhou com Jean Paul Gautier.
Taylor Swift chamou a atenção neste vestido com aplicações douradas de Zuhair Murad.
Rihanna vestindo um Giorgio Armani. Lindo vestido, lindos acessórios, mas que cabelo é esse?
Carrie Underwood usou um vestido branco com detalhes prateados da estilista Patrícia Gomez-Gracia.
Adele em um Armani, sapatos Louboutin e diamantes Harry Winston. A noite seria realmente dela.

FOTOS DO SHOW

A reunião dos Beach Boys.
Amigas inseparáveis: Rihanna e Katy Perry.
O show do astro country Blake Shelton.
A irreverência de Bruno Mars.
Mesmo com playback, Chris Brown deu um show.
Foo Figfhters recebe prêmio.
Foster and the People.
Jannifer Hudson emocionou toda a platéia.
Katy Perry arrasou com seus cabelos azuis.
Lady antebellun leva outro para sua coleção de grammys.
Maroon 5.
O gosto duvidoso de Nicki Minaj.
No placo um verdadeiro exorcismo.
Rihanna e Coldplay.
Rihanna cantando “We Found Love”.
Dois prêmios pra casa.
Um show bem bonitinho de Taylor Swift.

E pra finalizar, piadinhas que rolam na internet:

Lady Gaga caprichou no look excêntrico mas, saiu de mãos abanando e sem notoriedade nenhuma.

2 thoughts on “GRAMMY 2012 por Filipe Castro @mobacana

  1. Eduardo Gontijo says:

    A minha opinião é a seguinte:

    Mais elegantes da noite, Rihanna sem duvida nenhuma era a mais de todas, o cabelo não estava legal, outra que me chamou a atenção foi a Taylor Swift. Quanto aos mais ridículos foram o Bruno Mars e Nick Minaj. A noite realmente foi da Adele e com todo merecimento, Jannifer Hudson também maravilhosa na sua homenagem a Whitney Houston.

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